Franck Caldeira concede entrevista ao Grupo Alô Mídia e fala de sua trajetória no esporte

Está em Caarapó, para tratar de “assuntos do coração”, o renomado maratonista brasileiro Franck Caldeira de Almeida, campeão da maratona nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e vencedor da Corrida de São Silvestre em 2006. Considerado um dos grandes nomes do atletismo nacional, Franck retorna ao município não para competir, mas para viver momentos pessoais especiais, longe das pistas. Ícone do esporte, sua presença na cidade chama atenção e desperta a admiração de moradores e fãs que reconhecem sua trajetória de conquistas e superações. O atleta concedeu entrevista neste sábado (12) ao grupo de comunicação Alô Mídia – podcast Alô Mídia Cast, episódio que irá ao ar nos próximos dias. Reconhecido pela garra, consistência e talento nas provas de longa distância, Franck Caldeira de Almeida é um dos nomes mais respeitados do atletismo brasileiro. Natural de Sete Lagoas (MG), o atleta conquistou prestígio nacional e internacional ao longo de uma carreira marcada por títulos expressivos, dedicação aos treinamentos e uma presença constante entre os principais corredores de rua do país. Ouro no Pan e vitórias emblemáticasA consagração de Franck Caldeira veio com a medalha de ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. A vitória, além de histórica, simbolizou a força do atletismo brasileiro diante do cenário continental, colocando o mineiro no topo do pódio com uma performance técnica e emocionalmente consistente. Antes disso, já havia alcançado outro feito marcante: a vitória na Corrida Internacional de São Silvestre, em 2006 — uma das provas mais tradicionais e prestigiadas do Brasil. O domínio nas ruas da capital paulista foi apenas um dos marcos de uma trajetória consolidada ao longo dos anos. Desempenho em maratonas e meia-maratonasEm 2004, Franck venceu a Maratona de São Paulo, completando a prova em 2h17min30s, um tempo competitivo que o colocou entre os melhores do país. O atleta também coleciona títulos importantes em provas como a Volta da Pampulha, a 10 Milhas Garoto e a Meia Maratona Tribuna FM de Santos. Sua versatilidade o levou ao topo do pódio em diversas corridas de rua de média e longa distância, destacando-se ainda como bicampeão da Meia Maratona Corpore de São Paulo, em 2003 e 2004. Preparação técnica e representatividadeFranck Caldeira fez parte da equipe Pé de Vento/Nike, sob a orientação do técnico Henrique Viana, com quem desenvolveu treinos específicos para grandes competições. Sua rotina de preparação incluía, frequentemente, treinamentos em altitude — como os realizados na Bolívia —, visando aprimorar o desempenho cardiovascular e a resistência. Além das conquistas, o atleta integrou a seleção brasileira de atletismo em diversas competições internacionais, consolidando-se como um dos principais representantes do país nas provas de longa distância. Olimpíadas de Pequim 2008 e Londres 2012O maratonista brasileiro Franck Caldeira de Almeida representou o Brasil em duas edições dos Jogos Olímpicos: Pequim 2008 e Londres 2012. Sua estreia em Pequim veio após a conquista do ouro na maratona dos Jogos Pan-Americanos de 2007, credenciando-o como um dos principais nomes do país na modalidade. Em ambas as Olimpíadas, Caldeira enfrentou percursos desafiadores e clima adverso, demonstrando resistência e dedicação, mesmo sem alcançar posições de pódio. Embora não tenha conquistado medalhas olímpicas, sua presença em duas edições dos Jogos reforça seu papel de destaque no atletismo brasileiro. Franck Caldeira é reconhecido por sua trajetória marcada por títulos importantes e pela contribuição como referência para novas gerações de atletas de fundo e longa distância. Seu legado permanece vivo dentro e fora das pistas. Legado e atuação recenteMesmo após atingir o auge de sua carreira nos anos 2000, Franck Caldeira manteve sua presença no cenário esportivo. Em 2024, voltou a disputar etapas do Circuito Caixa de Corridas, participando, por exemplo, da tradicional corrida em Campo Grande (MS), reforçando seu papel como referência para novos atletas. Vitória recenteA mais recente vitória de Franck Caldeira ocorreu no último domingo (6), ao vencer a Maratona de Campo Grande. O atleta olímpico completou os 42 km em 2h25min31s, estabelecendo um novo recorde na prova – um resultado notável: Franck superou em quase seis minutos a marca do campeão anterior (2h31min43s) e reforçou sua trajetória de superações no calendário nacional. Com sua história de vitórias e superação, Franck Caldeira não apenas elevou o nome do Brasil no atletismo mundial, como também se tornou um símbolo de persistência e inspiração para milhares de corredores amadores e profissionais. AAC Runners Quem também participou da entrevista, ao lado de Franck Caldeira, foi o presidente da Associação de Atletismo Caarapoense (AAC Runnres), Walison Ferreira, que falou sobre a atuação da entidade em ações e projetos no município de Caarapó. Dilermano Alves, Caarapó-MS Descrição da imagerm: Jornalista Dilermano Alves, Franck Caldeira e Walison Pereira, da AAC Runners Foto: Diones Pereira

Brasil reage com diplomacia a tarifa de 50% imposta por Trump e busca preservar relações comerciais  

A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acendeu um alerta no setor produtivo e nas instituições brasileiras. A medida, considerada a mais alta entre as aplicadas a pelo menos sete países até agora, atinge em cheio setores estratégicos como o agronegócio e a indústria nacional, ampliando tensões comerciais e políticas entre os dois países. Divulgada na quarta-feira (9) pela rede Truth Social, a decisão de Trump é carregada de motivações políticas. Ele acusou o Brasil de perseguir seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, citando decisões recentes do Supremo Tribunal Federal como justificativa para o tarifaço. O anúncio já repercute internacionalmente e ameaça o equilíbrio comercial bilateral. Diante da gravidade do cenário, lideranças políticas e representantes do setor produtivo defendem uma resposta firme, mas equilibrada. A prioridade é evitar que disputas ideológicas contaminem a condução da política externa e, sobretudo, proteger os interesses econômicos do país. Diplomacia como resposta Nelsinho Trad, presidente da CRE no Senado A principal estratégia em construção no Brasil é diplomática. O Senado Federal, por meio da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), representada pelo Senador Nelsinho Trad, articula ações coordenadas com o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Indústria e Comércio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Uma reunião extraordinária da CRE foi convocada para a próxima terça-feira (15) com o objetivo de debater medidas e estratégias de contenção de danos, inclusive a viabilidade de uma missão parlamentar brasileira a Washington. A proposta partiu de articulações diplomáticas com a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, com apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin, e visa estabelecer um canal direto de diálogo com o Congresso norte-americano. “A decisão dos Estados Unidos de impor novas barreiras comerciais a produtos brasileiros precisa ser analisada com responsabilidade e cautela. Neste primeiro momento, é fundamental separar a questão política das consequências econômicas diretas, que atingem principalmente o agronegócio e a indústria nacional”, afirmou Nelsinho. A ação busca isolar os efeitos da retórica eleitoral de Trump e restabelecer um espaço institucional para defesa dos interesses comerciais do Brasil. Declarações recentes do país no âmbito do Brics, especialmente sobre a desdolarização do comércio global, também são apontadas como possíveis motivadores do endurecimento norte-americano. Além da política: o impacto real Especialistas alertam que o maior risco está no impacto direto às exportações brasileiras, sobretudo em um momento de recuperação econômica e esforços pela ampliação de mercados internacionais. A necessidade de preservar o diálogo institucional e manter canais abertos com os EUA é considerada essencial para evitar um retrocesso comercial duradouro. “O momento exige responsabilidade e cautela. É preciso separar a retórica política das consequências econômicas reais que atingem o Brasil”, avaliou o senador. Angela Schafer, de Campo Grande Foto: Reprodução internet