Tendência do clima para agosto e começo de setembro

Agosto começa com mudanças marcantes no clima e já traz sinais do que podemos esperar para o início de setembro. No vídeo de hoje, Ronaldo Coutinho apresenta a tendência completa para as próximas semanas, destacando períodos de frio, chuva e possíveis eventos climáticos que podem impactar agricultura, transporte, turismo e o dia a dia de todos nós. Assista até o final para entender como se preparar.Para previsões personalizadas e detalhadas, conheça nossos Grupos VIPs e Consultorias Climáticas — ideais para quem precisa de informações precisas para negócios e planejamento. Inscreva-se no canal e ative as notificações para não perder nenhuma atualização.
Livre de aftosa sem vacina: status histórico é mais uma ferramenta de MS para ampliar mercados na Ásia

A recente conquista do certificado internacional que reconhece Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação chega em um momento estratégico para o Estado. O selo, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), será um dos trunfos levados pelo governador Eduardo Riedel na missão à Ásia – que acontece a partir da próxima semana com o objetivo de abrir novos mercados para a produção sul-mato-grossense no exterior, além de apoiar a internacionalização de empresas locais na região. O reconhecimento foi oficializado em maio deste ano, durante cerimônia realizada na capital francesa Paris. Já nesta semana, o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold, recebeu o documento em Brasília (DF) e o levou, ao lado do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, ao governador em agenda realizada ao gabinete da Governadoria, na quarta-feira (30). “A gente fica muito feliz pois isso aqui abre mercados para o Mato Grosso do Sul. Vamos em breve para a Ásia e um dos focos tem relação com esse certificado. Novos mercados estão abertos para a carne brasileira e o nosso Estado tem muito interesse neles. Vamos lá explorar esses mercados e apoiar nossas empresas, especialmente nesse momento em que a situação com os Estados Unidos está sob tensão, indefinida. É mais uma razão para a gente buscar esses mercados internacionais, em especial à Ásia”, comenta o governador. O trabalho para conquistar o status de área livre da aftosa sem vacinação durou 20 anos e contou com um investimento em estrutura na Iagro que passa da casa dos R$ 250 milhões, garantindo rastreabilidade e controle sanitário para a carne de Mato Grosso do Sul. “É uma conquista do pessoal da Iagro, do produtor rural, de todo o Estado. Todos têm o mesmo objetivo, garantir a qualidade sanitária de nossa carne”, completa o governador ao destacar o maior valor agregado que a carne local têm para ganhar mercados mais exigentes. Novo patamar A certificação eleva o patamar do Estado no cenário internacional. Em 2024, Mato Grosso do Sul exportou cerca de US$ 1,278 bilhão em carne bovina, e somente no primeiro quadrimestre de 2025, esse valor já ultrapassa os US$ 510 milhões. Os principais destinos continuam sendo China, Estados Unidos e Chile, mercados que tendem a se fortalecer com o novo status sanitário. Fora isso, o Estado também poderá avançar em setores como a suinocultura, com abertura de mercados antes restritos a Santa Catarina, como o Japão. Segundo o secretário Jaime Verruck, essa mudança representa uma virada de chave. “Passamos de um modelo de defesa baseado na vacinação para um sistema baseado em vigilância ativa e inteligência sanitária. Isso amplia nossas possibilidades comerciais e consolida nossa credibilidade internacional”, pontuou. A estrutura montada para alcançar esse reconhecimento envolveu ações robustas da Iagro, como a modernização do sistema de rastreamento (eSaniagro), criação da Sala de Controle e Operações, contratação de fiscais e renovação da frota de veículos. Com o certificado em mãos e a liberação do trânsito de animais em todo o território nacional, Mato Grosso do Sul se posiciona como um dos protagonistas da nova fase da pecuária brasileira. A missão à Ásia, portanto, ganha ainda mais relevância para consolidar esse protagonismo. Durante a missão internacional, que inclui visitas à Índia, Japão e Singapura, o governador Eduardo Riedel e a comitiva – que conta também com a presença de Verruck e do adjunto da Semadesc, Artur Falcette – apresentarão todo o potencial produtivo de Mato Grosso do Sul. Além da abertura comercial, o Governo também pretende firmar parcerias tecnológicas e atrair capital estrangeiro para ampliar a agroindustrialização e a competitividade do Estado. Comunicação Governo de MS/Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do SulFoto de capa: Saul Schramm/Secom/ArquivoInterna: Reprodução
Projeto Carbono Neutro avança em MS com foco em tecnologia, uso do solo e energia limpa

A construção de um Mato Grosso do Sul Carbono Neutro até 2030 está em curso, impulsionada por ações práticas que envolvem transição energética, recuperação de áreas degradadas, agricultura sustentável e mudanças no setor de transportes. As estratégias para alcançar essa meta foram apresentadas na última segunda-feira (29) pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante a abertura do 7º Simpósio Repronutri – evento que discute a pecuária do futuro. Durante sua palestra, Verruck traçou o panorama de uma pecuária que, em dez anos, deve estar fundamentada na inovação e em práticas de baixa emissão de carbono. “Ela será construída com base na tecnologia, na transição para técnicas inovadoras. Isso tudo é essencial para o Estado alcançar a neutralidade de carbono”, afirmou. Um dos pilares da transição é a gestão eficiente da água e do solo. O setor agropecuário, especialmente a pecuária e o uso da terra, ainda responde pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa no Estado. Para reverter esse cenário, Verruck destacou a recuperação de áreas degradadas como uma medida central. “Já houve progresso, com a substituição de aproximadamente cinco milhões de hectares de pastagens degradadas por áreas destinadas à agricultura”, explicou. No campo da energia, o Estado também aponta avanços: 94% da matriz energética já é composta por fontes renováveis, como hidrelétricas e biomassa. Ainda assim, o transporte segue como um dos maiores gargalos. “No que diz respeito ao transporte, o Mato Grosso do Sul depende significativamente do modal rodoviário, que consome diesel e, consequentemente, é o principal emissor de carbono, dado que toda a economia do Estado se baseia nesse sistema”, contextualizou. “Para mitigar esse impacto, três caminhos se apresentam: a substituição inicial do diesel pelo gás natural, a substituição do gás natural por biometano, que já está sendo produzido no Estado, e o investimento em logística, visando a transferência gradual do transporte rodoviário para o ferroviário, o que representa um grande desafio.” Outro ponto de atenção está na própria cadeia produtiva da carne. Verruck citou o programa estadual que busca reduzir o tempo de abate dos animais como um mecanismo de controle de emissões. “Essa estratégia envolve o uso de práticas sustentáveis, a incorporação de melhoramento genético e a redução do tempo de abate, resultando em menor emissão de metano. O Estado incentiva os produtores que adotam tecnologia sustentável”, pontuou. A redução do desmatamento também aparece como meta prioritária. “É um objetivo primordial. Implementamos a agricultura sustentável, anteriormente denominada agricultura de baixo carbono. O Estado se destaca como líder nacional na integração lavoura-pecuária-floresta, outro aspecto crucial”, destacou. Segundo o secretário, o desafio mais urgente está na reestruturação do sistema de transportes. “Para alcançar nossos objetivos até 2030, visando a consolidação do Estado e a neutralização das emissões de carbono, que se dão pelo equilíbrio entre as emissões e a captura de carbono, devemos concentrar nossos esforços no setor de transportes. Este é, a meu ver, o principal desafio a curto prazo”, concluiu. Redação