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Nova Fiat Titano: veja o que muda na picape, agora feita na Argentina

Depois de muitos rumores e flagras, o grupo Stellantis e a Fiat finalmente oficializaram a produção da picape média Titano em sua planta argentina em Córdoba, na Argentina. O complexo fabrica desde 2018 o sedã Cronos e agora será responsável pela produção da picape e de suas derivadas de outras marcas do conglomerado, como a Ram 1200, por exemplo.

A picape, que originalmente seria vendida no Brasil como Peugeot Landtrek, acabou mudando de identidade durante seu desenvolvimento entre os anos de 2022 e 2024 pela confiança do grupo Stellantis de que a Fiat, com sua maior rede de concessionárias e confiança do consumidor, poderia se dar melhor com uma picape média.

Contudo, sua produção no Uruguai, na fábrica da Nordex e com o motor 2.2 BlueHDI, herança ainda da antiga PSA, limitavam a picape entre o concorrido segmento das picapes médias. Agora fabricada na Argentina e sob as mãos da engenharia da Fiat, a picape terá uma nova chance de se destacar no mercado, como mostraremos abaixo.

A principal mudança, como se sabe, é a adoção do motor 2.2 turbodiesel Multijet II, mais moderno, já encontrado em outros produtos da Stellantis no Brasil, como o Jeep Commander, a Fiat Toro e a Ram Rampage. Na configuração brasileira, o propulsor maior entrega 200 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. São 20 cv e 5,1 kgfm extras na comparação com o atual motor usado na Titano.

Aliado a esse propulsor, entra também uma nova transmissão de oito velocidades, o que ajudou a melhorar o consumo da picape na cidade em cerca de 5,8%, passando de 8,6 km/l (AT6) para 9,1 km/l (AT8).

Já na estrada, houve uma melhora mais significativa: de 9,3 km/l (AT6) para 10,8 km/l (AT8), representando um aumento de 16,1% na eficiência.

Coração revigorado
A modificação faz parte de uma das principais reclamações da picape, que ficou conhecida pela aspereza do antigo motor da família BlueHDi, que contava com 180 cavalos de potência e torque de 40,8 kgfm (ou 37,7 kgfm na versão manual).

O novo conjunto deu mais vigor à Titano, baixando seu tempo de 0 a 100 em 2,5 segundos, passando de 12,4 s com o antigo BlueHDI para 9,9 s com o novo propulsor Multijet II. A nova potência e o novo torque também tiram a Titano da lanterna entre as picapes médias menos potentes da categoria, passando a ficar na média de suas principais concorrentes, como a Nissan Frontier com motor 2.2 turbodiesel, que rende 190 cv e 45,9 kgfm de torque, ou a Toyota Hilux, com um 2.8 turbodiesel, que rende 190 cv e 50,9 kgfm de torque.

Mais segurança
Outra novidade foi a adição da direção elétrica no lugar da antiga assistência hidráulica. Com ela, a picape também passou a contar com assistências de segurança adicionais, como frenagem autônoma de emergência e sistema de auxílio para manutenção em faixa.

O sistema ADAS ainda não foi citado nominalmente pela Fiat, mas as imagens de modelos pré-série na fábrica de Córdoba mostram ligeiras alterações visuais no para-choque dianteiro para a adoção do radar. A picape também passou a adotar freio de estacionamento eletrônico, como já acontece na Toro, além de freios traseiros a disco em todas as versões.

Tração automática
Ainda como parte das mudanças já feitas após a Fiat assumir o projeto da picape, a Titano agora passa a contar com um novo sistema de caixa de transferência fornecido pela BorgWarner, com três opções de tração: 2H (4×2 em “high”), 4Auto (4×4 com engate automático, que engata o diferencial dianteiro somente quando detecta perda de aderência na traseira) e 4L (4×4 com caixa de redução). A picape vem com bloqueio do diferencial traseiro e assistência para descida de ladeiras. Vale lembrar que no Brasil a Titano só é vendida com tração 4X4.

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