Os preços da soja seguem em ritmo de alta nas principais regiões produtoras do Brasil. Nesta quarta-feira (21), diversas praças agrícolas registraram valorização na saca de 60kg, impulsionadas por fatores internos e externos que têm fortalecido o mercado da oleaginosa.
Segundo o consultor Rafael Silveira, da Safras & Mercado, as vendas foram expressivas tanto para exportação quanto para a indústria, incluindo contratos antecipados com entrega prevista para 2026. Isso reforça o cenário de aquecimento na demanda doméstica e externa.
Destaques nas cotações
Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul se destacam entre os maiores valores registrados no país. A firmeza dos preços nessas regiões tem atraído novos negócios e motivado produtores a voltarem às vendas.
Mercado externo em alta
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) também fecharam o dia em território positivo. Entre os fatores que explicam a valorização estão:
- Excesso de chuvas na Argentina, que ameaça o potencial das lavouras;
- Alta dos grãos concorrentes, como milho e trigo;
- Queda do dólar, que torna os contratos futuros mais atrativos.
Fechamentos do dia:
- Julho: +9,75 centavos → US$ 10,62/bushel
- Novembro: +8,75 centavos → US$ 10,59/bushel
Subprodutos também sobem
- Farelo de soja (julho): US$ 294,10/tonelada (+US$ 1,50)
- Óleo de soja (julho): 49,83 centavos/libra-peso (+0,33)
Câmbio colabora com o mercado interno
- Dólar comercial (venda): R$ 5,6406
- Dólar comercial (compra): R$ 5,6386
- Variação do dia: -0,47%
A desvalorização do dólar favorece a importação de insumos, como fertilizantes, e melhora a margem da indústria brasileira, que trabalha com matérias-primas mais acessíveis.