O mercado global de trigo voltou a mostrar tendência de queda, impulsionado pelo início da colheita no Hemisfério Norte e pelos grandes estoques na Austrália. A entrada de mais de 300 milhões de toneladas no circuito internacional pressiona os preços e ajuda a manter o cenário de baixa.
Mas, ao mesmo tempo, sinais de alerta surgem nos Estados Unidos. A má condição das lavouras nas Grandes Planícies e o excesso de umidade em regiões do sul podem comprometer a colheita e os estoques da próxima temporada. As exportações americanas continuam fortes, e isso também pode gerar impacto nos preços.
No Brasil, o cenário é misto. A demanda por farinha e farelo de trigo voltou a crescer, o que pode reaquecer a procura por grãos. Ao mesmo tempo, rumores sobre uma possível quebra na próxima safra brasileira ganham força, o que já começa a preocupar produtores e analistas.
A curto prazo, os estoques internos e fatores como a queda do dólar e a retração na moagem ainda mantêm o mercado pressionado. Mas se a quebra da safra se confirmar, os preços podem subir rapidamente, mudando completamente o rumo do mercado nacional.