A transição para fontes de energia limpa ganhou um novo capítulo em Mato Grosso do Sul. Na quarta-feira (25), a Assembleia Legislativa inaugurou sua usina de energia solar fotovoltaica, projetada para abastecer integralmente o prédio público estadual e futuras instalações até 2050. A medida representa um avanço significativo na adoção de soluções sustentáveis no setor público.
Com capacidade de geração anual estimada em mais de 1,9 milhão de kWh, o sistema contribuirá diretamente para a redução de emissões de carbono e para a economia de recursos públicos — pilares fundamentais da sustentabilidade ambiental e financeira. A estrutura ocupa uma área de 6.100 m² e abriga 1.907 módulos fotovoltaicos, além de inversores e uma subestação integrada ao sistema de distribuição.
A iniciativa vai ao encontro de metas globais e regionais de descarbonização. Mato Grosso do Sul tem o compromisso de alcançar a neutralidade de carbono até 2030, e projetos como este mostram que a administração pública pode ser protagonista na construção de um futuro mais verde.
Presidente da Casa de Leis, Gerson Claro, reconheceu que as reformas feitas pela gestão da Mesa Diretora anterior a sua preparou o prédio da Casa de Leis por dentro e possibilitou a nova administração a avançar. “A Assembleia já vinha passando por uma mudança completa, desde encanamento, piso e recebemos o prédio em boas condições para que pudéssemos avançar. Nossa expectativa agora é zerar a conta já na volta do recesso parlamentar. É uma conquista da Assembleia, que vai economizar muito”, ressaltou.
Além da redução no consumo de energia convencional, o projeto prevê margem de 25% acima da demanda atual, garantindo autonomia energética para os próximos anos. Estão sendo estudadas também soluções de armazenamento, como baterias, para garantir o funcionamento pleno em dias nublados ou com instabilidade elétrica.
O primeiro secretário da ALEMS, deputado Paulo Corrêa (PSDB) estimou que em média são gastos R$ 110 mil por mês da conta de luz e que o investimento terá retorno em poucos meses. “Fizemos uma obra que desse 25% a mais de margem de tudo que está previsto, para que atenda plenamente a Assembleia até 2050”, afirmou o primeiro secretário que ainda disse que está sendo estudada a possibilidade de compra de baterias que atendam ao prédio como geradores, em dias de instabilidade ou tempo frio e nublado.
Obras com esse perfil, embora técnicas e complexas, podem ser executadas com agilidade e eficiência. A instalação da usina levou cerca de 60 dias — do posicionamento dos painéis à conexão com a rede — e está pronta para iniciar a geração ainda neste mês, é o que afirmou o arquiteto da ALEMS, Neder Schabib Peres. “Esta é uma obra muito técnica, então muito rápida, finalizamos a instalação dos módulos, a instalação dos inversores e a ligação da subestação. O projeto com a concessionária já foi aprovado para ligar e já começar a produzir energia”, afirmou.
A escolha pela energia solar no serviço público representa não apenas uma decisão ambientalmente correta, mas também um modelo de gestão responsável. Quando o poder público investe em soluções sustentáveis, envia um recado claro: é possível cuidar do meio ambiente com ações práticas, escaláveis e de impacto direto.
Fonte: Redação Alô Mídia/Campo Grande
Texto: Angela Schafer
Foto de capa: drone/Gabriela Bertin

Deputados de Mato Grosso do Sul. Foto: Luciana Nassar