O influenciador digital Felca lançou recentemente um vídeo contundente que denuncia a crescente adultização de crianças nas redes sociais. O conteúdo, baseado em dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra como crianças estão sendo expostas a situações que ultrapassam os limites da inocência e da proteção digital.
No vídeo, Felca apresenta uma série de casos concretos, inclusive com denúncias formais e registros de ocorrências, que comprovam a exposição indevida e até criminosa de menores na internet. Ele também alerta sobre o funcionamento dos algoritmos das redes sociais, que podem amplificar esse tipo de conteúdo de forma silenciosa e perigosa.
O que é adultização infantil?
A adultização infantil ocorre quando crianças são colocadas em situações que simulam comportamentos, aparências ou responsabilidades adultas. No ambiente digital, isso se manifesta em postagens que sexualizam meninas, expõem o corpo infantil ou atribuem uma postura sensual a crianças.
Esse fenômeno, muitas vezes disfarçado de inocência ou “conteúdo fofo”, tem atraído a atenção de predadores online, gerando um ciclo de interação nocivo e muitas vezes invisível para os pais e cuidadores.
Assista o vídeo completo:
As conseqüências para as crianças
A exposição precoce e a adultização têm efeitos psicológicos profundos. Estudos citados por Felca e especialistas mostram que esse tipo de exploração está ligada a:
- Transtornos de ansiedade e depressão
- Distorção da imagem corporal
- Estresse pós-traumático
- Baixa autoestima e insegurança
Além disso, quando ocorre monetização desses conteúdos, a infância é convertida em produto. É o que Felca chama de infantilização lucrativa, em que likes, views e dinheiro são mais importantes que o bem-estar da criança.
O que pode ser feito?
O vídeo termina com um forte chamado para a sociedade: é preciso denunciar, cobrar regulação e repensar o consumo de conteúdo infantil. Felca ainda incentivou o apoio a instituições de acolhimento e proteção infantil e pediu aos pais que reflitam sobre o tipo de exposição que estão dando aos filhos.
“Não basta não postar. É preciso observar, questionar e denunciar. Porque quem se cala, consente”, afirma o influenciador.
O papel das plataformas e da sociedade
Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube já foram notificadas em outras ocasiões por permitir esse tipo de conteúdo. No entanto, a remoção ainda depende majoritariamente de denúncias dos usuários.
Para especialistas, é preciso haver:
- Legislação mais rígida sobre exposição infantil
- Punição a perfis que monetizam imagens de menores
- Campanhas educativas para pais e professores sobre os riscos da hipersexualização infantil
Conclusão
O vídeo de Felca escancara um problema real e urgente: a infância está sendo usada como palco, produto e propaganda. A responsabilização é coletiva: pais, plataformas, usuários e sociedade civil precisam agir.
A proteção da infância é uma responsabilidade de todos.