Abertura de empresas cresce 15% em junho e impulsiona novo recorde no semestre em MS

O ambiente de negócios em Mato Grosso do Sul segue aquecido. Em junho, foram abertas 1.022 novas empresas no Estado, de acordo com dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems). O número representa um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram registrados 895 novos empreendimentos. Também supera, ainda que discretamente, o desempenho de maio, com 1.003 aberturas. Com esse resultado, o Estado alcança um saldo de 6.893 novas empresas no primeiro semestre de 2025 — o maior número já registrado nesse período desde o início da série histórica da Jucems, em 2000. O setor de Serviços segue liderando a criação de novos negócios, respondendo por 774 das empresas abertas em junho, o equivalente a 75,7% do total. Na sequência aparecem o Comércio, com 212 registros (20,7%), e a Indústria, com 36 (3,5%). Entre os segmentos que mais se destacaram estão atividades como atendimentos médicos ambulatoriais restritos a consultas (37 registros), serviços combinados de escritório e apoio administrativo (32), treinamentos em desenvolvimento profissional e gerencial (24), holdings não financeiras (24), promoção de vendas (21) e transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças (20). Ao longo de 2025, a Jucems tem registrado mais de mil novas empresas por mês. Foram 1.298 em janeiro, 1.251 em fevereiro, 1.201 em março, 1.118 em abril, 1.003 em maio e agora 1.022 em junho. Para efeito de comparação, em 2024 essa marca só foi superada em dois meses: abril (1.039) e julho (1.066). O desempenho reforça a expectativa de que o saldo anual de novas empresas volte a ultrapassar a marca de 10 mil, como já ocorreu nos dois anos anteriores — 10.117 registros em 2023 e 11.164 em 2024. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, atribui o bom desempenho a uma combinação de fatores que fortalecem o ambiente empreendedor no Estado. “O primeiro e mais importante motivo que atrai empresas e fomenta os negócios é a vitalidade da economia. Estamos crescendo em todos os setores de atividades econômicas, o Governo do Estado investe mais de 15% da receita corrente líquida, temos uma legislação moderna de liberdade econômica que agiliza e destrava o processo de implantação de empresas. São fatores que favorecem o empreendedorismo e formam um ciclo sustentável para novos negócios”, afirmou. Na análise regional, os dois maiores municípios de Mato Grosso do Sul concentram mais da metade das novas empresas abertas em junho. Campo Grande lidera o ranking, com 436 registros, seguida de Dourados, com 106. Em seguida aparecem Sonora (48), Três Lagoas (43), Ponta Porã (29), Chapadão do Sul (28), Naviraí (25), Inocência (24), Corumbá (18) e Maracaju (18), fechando a lista dos dez municípios com maior movimentação empresarial no mês. Fonte: Alô Mídia/Campo Grande Texto Angela Schafer com informações da Semadesc Foto: Divulgação

Poupança tem entrada líquida de R$ 2,1 bilhões em junho

O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pelo segundo mês seguido, com registro de mais depósitos do que saques depósitos no mês de junho. As entradas superaram as saídas em R$ 2,1 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC). Em junho, foram aplicados R$ 365,7 bilhões, contra saques de R$ 363,5 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 6,4 bilhões. O saldo da poupança é pouco mais de R$ 1 trilhão. Este é o segundo mês seguido de resultado positivo na poupança, após os quatro primeiros meses do ano de retiradas. No acumulado de 2025, a caderneta tem resgate líquido de R$ 49,6 bilhões. Nos últimos anos, a caderneta vem registrando mais saques que depósitos. Em 2023 e 2024, as retiradas líquidas da poupança foram R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Entre as razões para os saques está a manutenção da Selic – a taxa básica de juros – em alta, o que estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic pela sétima vez consecutiva, para 15% ao ano, em um ciclo de contração na política monetária. Em ata, o Copom informou que deverá manter os juros no mesmo patamar nas próximas reuniões , enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais aumentos, caso a inflação suba. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2025 em 15% ao ano. Fonte: Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil Foto: Divulgação/IA

Nova tarifa social de energia elétrica passa a valer neste sábado

Começa a valer a partir deste sábado (5) a nova Tarifa Social de Energia Elétrica, que prevê gratuidade para famílias beneficiárias do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e que tenham consumo mensal de até 80 kWh. Segundo governo federal, o benefício concederá a gratuidade total da conta de luz a 4,5 milhões de famílias. Outras 17,1 milhões de famílias que também têm direito à tarifa social não precisarão pagar pelos primeiros 80 quilowatts-hora (kWh) consumidos em cada mês. Pelas regras da tarifa, aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tem direito à gratuidade os consumidores beneficiados pela Tarifa Social que possuem instalações trifásicas e usam até 80 kWh por mês. Nesse caso, poderá ser cobrado na fatura apenas os custos não associados à energia consumida, como a contribuição de iluminação pública ou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de acordo com legislação específica do estado ou município onde a família reside. Já para os consumidores que possuem instalações trifásicas e usam mais de 80 kWh por mês, o custo de disponibilidade da rede continua sendo de 100 kWh. Nesse caso, o consumidor precisará pagar uma diferença caso use entre 80 kWh e 100 kWh. O custo de disponibilidade é o valor mínimo cobrado pela distribuidora para remunerar os gastos com a rede elétrica necessários para transportar a energia até o consumidor. Quem tem direito à Tarifa SocialPara ser beneficiário da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) é preciso se enquadrar em um dos requisitos abaixo: – Família inscrita no Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo nacional;– Idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) e estão no Cadastro Único;– Família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até três salários-mínimos, que tenha pessoa com doença ou deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.– Também têm direito ao benefício as famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, cujo consumo mensal seja de até 80 kWh/mês.– Não é necessário solicitar o benefício– A Tarifa Social é concedida automaticamente às famílias que têm direito. Para receber, basta que a pessoa responsável pelo contrato de fornecimento de energia elétrica (aquela cujo nome está na fatura) esteja entre os beneficiados pelos programas de governo descritos acima. Portanto, não é mais necessário solicitar à distribuidora. A nova tarifa social faz parte da Medida Provisória (MP) 1300/2025, publicada em maio. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal têm até 120 dias para aprovar a medida ou ela perderá a validade. Fonte: Luciano Nascimento – repórter da Agência Brasil Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil