Trump diz que deve falar com Lula, mas “não agora”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (11) que pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre e medida que taxou em 50% as exportações brasileiras. Contudo, Trump afirmou que a conversa não ocorrerá agora. Durante visita aos afetados pelas enchentes no estado norte-americano do Texas, Trump foi perguntado se pretende conversar com Lula.  “Talvez, em algum momento, eu possa falar com ele [Lula], mas não agora”, respondeu. Trump também voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele é um homem honesto, que ama o seu povo e é um negociador muito forte”, completou. Na quarta-feira (9), Trump enviou uma carta ao presidente Lula e anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano. As tarifas passam a valer a partir do dia 1º de agosto. No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Ele também destacou ordens do STF emitidas contra apoiadores do ex-presidente brasileiro que mantêm residência nos Estados Unidos. Em reação ao tarifaço, Lula declarou que o Brasil é um país soberano com instituições independentes e que não aceitará ser tutelado por ninguém. O governo brasileiro também deve recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). Agência Brasil Foto: Gerd Altmann/Pixabay

Trump faz nova publicação sobre Bolsonaro: “Caça às bruxas”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nova publicação, feita nesta terça-feira (8), o americano classificou novamente as investigações contra Bolsonaro como “caça às bruxas” e pediu que ele seja deixado em paz. Foi a segunda vez em dois dias que Trump saiu em defesa do brasileiro. – Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. Caça às bruxas!!! – escreveu o presidente americano em sua rede social Truth Social. A mensagem citou a primeira publicação de Trump em defesa de Bolsonaro, publicada na última segunda-feira (7). Na ocasião, Trump escreveu que as ações judiciais contra Bolsonaro são ataques políticos e que o Brasil está fazendo algo “terrível” contra o ex-presidente. As declarações de Trump e de outras autoridades de sua gestão têm incomodado o governo Lula, que chama a atitude de ataque à soberania do país. – A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito – disse Lula em nota divulgada pelo Palácio do Planalto após o primeiro comentário de Trump sobre Bolsonaro. O STF não se posicionou, deixando a defesa institucional para o Executivo brasileiro. Nos bastidores, contudo, magistrados da Suprema Corte disseram ao jornal O Estado de São Paulo que a declaração de Trump é “irrelevante” para o julgamento de Bolsonaro no caso da tentativa de golpe. No mesmo dia que Trump fez o primeiro comentário, a Justiça da Flórida deu 21 dias para que Alexandre de Moraes se manifeste no processo aberto pela plataforma de vídeos Rumble e pela empresa Trump Media & Technology Group, ligada ao presidente americano. As empresas acusam o ministro de censurar conteúdos publicados nessas redes sociais ao determinar que o Rumble suspendesse perfis de influenciadores. *AE Fonte: Pleno News Foto: PR/Alan Santos

China alerta Trump sobre reativação de taxas e ameaça retaliar acordos em cadeia de suprimentos

A China emitiu um alerta ao governo Trump, advertindo contra a reativação de tarifas sobre produtos chineses a partir do próximo mês e ameaçando retaliar países que firmarem acordos com os Estados Unidos para excluir a China de suas cadeias de suprimentos. O recado foi transmitido por meio de um editorial do jornal oficial People’s Daily, assinado sob o pseudônimo “Zhong Sheng”, usado para expressar a posição do governo chinês em política externa. O presidente Donald Trump iniciou na segunda-feira o envio de notificações a parceiros comerciais sobre a imposição de tarifas significativamente mais altas a partir de 1 de agosto. No caso da China, que chegou a ser alvo de tarifas superiores a 100%, Pequim tem até 12 de agosto para negociar um acordo e evitar a reinstauração de restrições adicionais impostas durante as trocas de tarifas em abril e maio. Após um acordo provisório firmado em junho entre Washington e Pequim, que trouxe uma trégua frágil à guerra comercial, ainda há incertezas quanto aos detalhes do entendimento. Investidores e operadores dos dois lados do Pacífico acompanham com cautela, atentos à possibilidade de o pacto desmoronar ou evoluir para uma solução duradoura. O editorial do People’s Daily enfatizou que “diálogo e cooperação são o único caminho correto” para resolver as tensões comerciais, reiterando a visão de Pequim de que as tarifas de Trump representam “bullying”. O texto reforçou que apenas a defesa firme de princípios pode garantir os direitos e interesses legítimos do país. Segundo o Instituto Peterson de Economia Internacional, a tarifa média dos EUA sobre exportações chinesas está em 51,1%, enquanto a tarifa média chinesa sobre produtos americanos é de 32,6%, cobrindo praticamente todo o comércio bilateral. A China também criticou países da região que buscam acordos tarifários com os EUA que a excluam das cadeias produtivas. O caso mais recente foi o do Vietnã, que conseguiu reduzir sua tarifa para 20% em um acordo, mas aceitou que mercadorias “transbordadas” vindas da China sejam taxadas em 40%. O governo chinês deixou claro que “se tal situação ocorrer, a China não aceitará e responderá de forma resoluta para proteger seus interesses legítimos”. Fonte: Hildeberto Alves/Safra News Foto: Xihua

“Deixem Bolsonaro em paz”, diz Trump ao criticar ação contra ex-presidente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira (7). O republicano afirmou que Bolsonaro está sofrendo um ataque político como aconteceu com ele. “Estarei assistindo a caça às bruxas de Jair Bolsonaro, de sua família e de milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil — isso se chama eleição. Deixem Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump. Na publicação, o presidente dos EUA não menciona diretamente as ações judiciais contra Bolsonaro, mas fala em perseguição e reafirma a inocência do ex-presidente. “Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, disse. Bolsonaro é réu na ação penal do STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga a trama golpista após as eleições de 2022. Ele é acusado por cinco crimes, entre eles organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado. Caso seja condenado, o ex-presidente pode pegar até 39 anos de prisão, segundo especialistas consultados pela CNN antes do julgamento. Na publicação, Trump afirma ter conhecido Bolsonaro e reconhece que ele foi um “líder forte” e um bom negociador. Ambos já trocam elogios desde as eleições de 2018. Em maio, o ex-presidente chegou a se encontrar com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita. Pouco depois, Bolsonaro afirmou que Trump acompanha o que acontece no Brasil, incluindo a ação do STF. Bolsonaro está inelegível até 2030 após julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. O motivo é a realização de uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, em que o então presidente atacou, sem provas, o sistema eleitoral. Posteriormente, Bolsonaro foi condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral. Fonte: Brenda Silva, da CNN, em Brasília Foto: Divulgação/IA

Trump ameaça países que se alinhem ao Brics com tarifa de 10%

Em meio à reunião de cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou taxas extras a produtos de países que se alinhem ao grupo, formado por 11 nações, entre elas Brasil Rússia Índia, China e África do Sul. A publicação foi feita em seu perfil na rede Truth Social. “Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics será taxado com tarifa extra de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção em relação a essa questão”, escreveu Trump. Em sua declaração de líderes, divulgada no domingo (6), o Brics criticou medidas protecionistas adotadas no comércio global. “Reiteramos nosso apoio a um sistema multilateral de comércio baseado em regras, aberto, transparente, justo, inclusivo, equitativo, não discriminatório e consensual, com a OMC em seu núcleo, com tratamento especial e diferenciado (TED) para seus membros em desenvolvimento”, destaca a declaração do Brics. Trump, que assumiu em janeiro deste ano, anunciou, logo no início de seu mandato, aumento de tarifas sobre produtos importados, o que gerou críticas e respostas de vários países. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, compõem o Brics a Arábia Saudita, o Irã, os Emirados Árabes, a Indonésia, o Egito e a Etiópia. Mais dez países são parceiros do grupo: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Fonte: Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil Foto: Donald Trump (Reprodução, Instagram)