Projeto Carbono Neutro avança em MS com foco em tecnologia, uso do solo e energia limpa

A construção de um Mato Grosso do Sul Carbono Neutro até 2030 está em curso, impulsionada por ações práticas que envolvem transição energética, recuperação de áreas degradadas, agricultura sustentável e mudanças no setor de transportes. As estratégias para alcançar essa meta foram apresentadas na última segunda-feira (29) pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante a abertura do 7º Simpósio Repronutri – evento que discute a pecuária do futuro. Durante sua palestra, Verruck traçou o panorama de uma pecuária que, em dez anos, deve estar fundamentada na inovação e em práticas de baixa emissão de carbono. “Ela será construída com base na tecnologia, na transição para técnicas inovadoras. Isso tudo é essencial para o Estado alcançar a neutralidade de carbono”, afirmou. Um dos pilares da transição é a gestão eficiente da água e do solo. O setor agropecuário, especialmente a pecuária e o uso da terra, ainda responde pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa no Estado. Para reverter esse cenário, Verruck destacou a recuperação de áreas degradadas como uma medida central. “Já houve progresso, com a substituição de aproximadamente cinco milhões de hectares de pastagens degradadas por áreas destinadas à agricultura”, explicou. No campo da energia, o Estado também aponta avanços: 94% da matriz energética já é composta por fontes renováveis, como hidrelétricas e biomassa. Ainda assim, o transporte segue como um dos maiores gargalos. “No que diz respeito ao transporte, o Mato Grosso do Sul depende significativamente do modal rodoviário, que consome diesel e, consequentemente, é o principal emissor de carbono, dado que toda a economia do Estado se baseia nesse sistema”, contextualizou. “Para mitigar esse impacto, três caminhos se apresentam: a substituição inicial do diesel pelo gás natural, a substituição do gás natural por biometano, que já está sendo produzido no Estado, e o investimento em logística, visando a transferência gradual do transporte rodoviário para o ferroviário, o que representa um grande desafio.” Outro ponto de atenção está na própria cadeia produtiva da carne. Verruck citou o programa estadual que busca reduzir o tempo de abate dos animais como um mecanismo de controle de emissões. “Essa estratégia envolve o uso de práticas sustentáveis, a incorporação de melhoramento genético e a redução do tempo de abate, resultando em menor emissão de metano. O Estado incentiva os produtores que adotam tecnologia sustentável”, pontuou. A redução do desmatamento também aparece como meta prioritária. “É um objetivo primordial. Implementamos a agricultura sustentável, anteriormente denominada agricultura de baixo carbono. O Estado se destaca como líder nacional na integração lavoura-pecuária-floresta, outro aspecto crucial”, destacou. Segundo o secretário, o desafio mais urgente está na reestruturação do sistema de transportes. “Para alcançar nossos objetivos até 2030, visando a consolidação do Estado e a neutralização das emissões de carbono, que se dão pelo equilíbrio entre as emissões e a captura de carbono, devemos concentrar nossos esforços no setor de transportes. Este é, a meu ver, o principal desafio a curto prazo”, concluiu. Redação
Imasul compra fazenda para ampliar reserva ambiental em MS

Visando ampliar a conservação, o Instituto Ambiental de Mato Grosso do Sul (Imasul) adquiriu 122 hectares de uma área localizada nos limites do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, em Costa Rica, denominada Fazenda Field II, publicou o Correio do Estado nesta quinta-feira (24).. Segundo divulgação do Governo do Estado, o valor da compra é de R$ 862.325,70, com aporte oriundo da compensação ambiental, mecanismo financeiro previsto na Lei nº 9.985/2000 que busca mitigar os impactos negativos causados por empreendimentos que geram danos ambientais significativos. Antes, a proprietária da área era a empresa Karandá Incorporadora LTDA, de Cassilândia, que também assinou a escritura pública de aquisição ao lado do diretor-presidente do Imasul, André Borges, que representou o instituto ambiental e o governo estadual. “A aquisição dessa área reforça o compromisso do Governo de Mato Grosso do Sul com a preservação ambiental e a regularização fundiária de nossas unidades de conservação. Ao garantir a titularidade do Estado sobre essas terras, asseguramos a proteção efetiva de nascentes e da biodiversidade associada à região do Alto Taquari, com reflexos diretos na segurança hídrica e no equilíbrio ecológico de toda a bacia”, afirmou André. “A gente tinha essa fazenda na divisa de Costa Rica com Alto Taquari, onde nasce o Rio Taquari. O Imasul teve interesse nessa área e a gente fez a negociação, que hoje foi concluída, graças a Deus”, comentou Laerte dos Santos, representante da ex-proprietária. “A aquisição dessa área é fundamental porque permite que a gestão do parque adote medidas concretas para protegê-la contra possíveis impactos. Trata-se de uma região estratégica, que abriga importantes atributos naturais, como cachoeiras, o Rio Furnas — formador do Taquari —, além de paisagens de grande beleza cênica e a própria divisa com o estado de Mato Grosso”, disse Leonardo Tostes, gerente de Unidades de Conservação do Imasul. Ainda, são encontradas diversas espécies na região, como onça-pintada, arara-vermelha, arara-azul, cutia e peixes. A medida representa mais um passo no processo de regularização fundiária da Unidade de Conservação, uma das mais importantes para a proteção da bacia do Alto Taquari. Em 2023, o Imasul anunciou o maior projeto de recuperação ambiental do Brasil em unidades de conservação que compreende o plantio de mais de 1 milhão de mudas de espécies nativas do Cerrado no local. Junto a isso, o instituto adquiriu 2,76 mil hectares da Fazenda Continental, do qual quase 50% da área estava com solo degradado pelo uso intensivo da pecuária e precisavam ser restaurados. O Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari foi criado em 1999 e abrange partes dos municípios de Alcinópolis e Costa Rica, e possui mais de 31 mil hectares, do qual 78% estão cobertas com vegetação nativa. FELIPE MACHADO – CORREIO DO ESTADO Foto: Divulgação/Imasul
Talks COP30: Governo de MS destaca preservação no Pantanal e produção sustentável no Estado

Com foco na produção sustentável e preservação ambiental, o governador Eduardo Riedel participou na terça-feira (8) do evento CNN Talks: COP30 – Resiliência Climática: Regulação e Financiamento, em Brasília. Durante o encontro destacou as ações de preservação no Pantanal e a política de neutralização do carbono na produção agropecuária e atividade industrial do Estado, que são exemplos e referência no Brasil. “Temos mostrado em Mato Grosso do Sul que pode aliar o desenvolvimento econômico, com a preservação ambiental. O nosso Pantanal tem 83% do território preservado e continuamos com uma série de ações de preservação da biodiversidade. Ao mesmo tempo que a produção agropecuária e industrial converge com nossos objetivos ambientais de se tornar um Estado carbono neutro até 2030”, afirmou o governador. Riedel ressaltou durante o evento que o Estado tem recebido grandes investimentos privados, que têm capacidade de gerar energia limpa, assim como mitigar a emissão de carbono. “Um dos exemplos são as novas plantas (fábricas) de celulose, bioenergia, assim como o crescimento da suinocultura e avicultura, em que temos uma série de programas de incentivo para se produzir de maneira mais sustentável”. Considerado um dos encontros nacionais mais relevantes para discutir o clima e infraestrutura, o evento trata-se de uma parceria entre a CNN Brasil e Agência iNFRA. Ele faz parte da cobertura especial rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém (PA). Mais uma possibilidade de diálogo entre estados e mercado sobre o papel das instituições reguladoras durante todo este processo. Segundo os organizadores, o encontro representa mais um passo na construção de uma agenda estratégica rumo à COP30 — um momento em que o Brasil poderá mostrar ao mundo sua capacidade de transformar vulnerabilidades em oportunidades. Um debate que reuniu autoridades públicas, representantes de agências reguladoras, especialistas e lideranças empresariais. Mato Grosso do Sul entrou no centro do debate por contar com o bioma Pantanal e dispor de um agronegócio de destaque no país. “Mato Grosso do Sul tem muito a acrescentar na COP30 em Belém. Somos um Estado que se propôs a ser carbono neutro em 20230, com meta ousada e muito factível. Além disto trabalhamos para manter o Pantanal preservado. No Cerrado já temos a transição de áreas degradadas para áreas de maior produtividade. Mostra que estamos no caminho certo, envolvendo ciência e conhecimento”, completou Riedel. Fonte: Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS Foto: Divulgação/CNN Talks: COP30
MS adota novas regras para prevenir incêndios florestais e agilizar licenciamento

Mato Grosso do Sul atualizou as regras para o uso planejado do fogo, incorporando medidas que facilitam o licenciamento ambiental e fortalecem a prevenção aos incêndios florestais. A nova resolução abrange desde pequenas propriedades rurais até comunidades tradicionais e instituições de pesquisa, tornando o processo mais acessível e eficiente. Uma das principais mudanças é a isenção da taxa de licenciamento ambiental para o Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) e para a realização de queimas prescritas — prática controlada que reduz o acúmulo de biomassa (vegetação seca) e, consequentemente, o risco de grandes incêndios. Com a mudança, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) deixa de cobrar taxas para os dois tipos de autorização: tanto para o PMIF quanto para a queima prescrita. A medida busca incentivar o uso responsável do fogo como ferramenta de manejo e proteção ambiental. Para comunidades e agricultores familiares, o acesso também foi simplificado. No caso de pessoas assentadas ou pequenos produtores, basta apresentar uma declaração emitida pela Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de MS) que comprove a condição. A resolução também estabelece três categorias distintas de licenciamento ambiental, com regras específicas: Durante o período emergencial de prevenção a incêndios — que vai de março a 23 de setembro —, a criação de aceiros (faixas de solo exposto para conter o fogo) com até 50 metros de largura pode ser feita sem licenciamento ambiental. Basta enviar uma comunicação prévia ao Imasul, por meio de um informativo simples. Já para aceiros de 10 a 30 metros, a autorização é obtida instantaneamente por meio do sistema SIRIEMA — a plataforma digital de registros e declarações ambientais do Estado —, via Declaração Ambiental, nome oficial da autorização para esse tipo de intervenção. Bombeiros Outro requisito para a autorização é a apresentação de um atestado de conformidade emitido pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de MS). O documento comprova que o solicitante atende aos critérios de segurança necessários, como implantação de aceiros, formação de brigada de incêndio equipada, uso de EPIs e disponibilidade de reserva de água para combate ao fogo. Esse atestado pode ser solicitado gratuitamente no sistema ‘Prevenir’, acessível pelo site: https://prevenir.bombeiros.ms.gov.br. Com as novas regras, o Governo do Estado aposta na prevenção estratégica e no manejo técnico como formas eficazes de enfrentar os incêndios florestais, protegendo o meio ambiente e fortalecendo a segurança das comunidades rurais. Fonte: Alô Mídia/Campo Grande Texto: Angela Schafer Foto: Divulgação Estado
Pantanal em alerta: MPMS amplia ações contra incêndios com dados e parcerias

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Núcleo Ambiental, tem reforçado as ações do programa Pantanal em Alerta, criado para enfrentar as queimadas no bioma pantaneiro. As iniciativas, intensificadas ao longo de 2024, têm sido fundamentais para identificar os pontos de origem dos focos de calor, articular esforços com os órgãos de combate e reduzir o tempo de resposta diante dos incêndios. O objetivo é claro: minimizar os impactos à biodiversidade e às comunidades locais. Segundo levantamento do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma), com base em análises do Núcleo de Geotecnologias (Nugeo), o Pantanal sul-mato-grossense registrou 234 incêndios ao longo do ano passado, atingindo 830 propriedades e devastando cerca de 1,74 milhão de hectares. Os números revelam a dimensão da crise ambiental e a urgência de medidas preventivas mais eficazes. Para o promotor de Justiça e coordenador do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet, o cenário exige ação conjunta e responsabilidade compartilhada. “75% de tudo que queimou no Pantanal do Mato Grosso do Sul iniciou em propriedade privada, então isso demonstra que a gente precisa trabalhar em parceria com os proprietários para evitar esses incêndios”, afirmou. Ele destaca que, muitas vezes, as propriedades atingidas são vítimas de focos iniciados em áreas vizinhas. Já em 2025, o MPMS mapeou 357 propriedades classificadas como prioritárias para ações de prevenção. A seleção se baseou em critérios técnicos, como o histórico de incêndios, baixa capacidade de regeneração do ecossistema e proximidade de áreas protegidas. A partir disso, será elaborado um plano conjunto de atuação, com orientações técnicas, fiscalização e medidas antecipadas antes do início da estiagem. Essa estratégia conta com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ (Lasa/UFRJ). O enfrentamento aos incêndios também envolve um esforço coletivo entre diversas instituições. Entre os parceiros estão a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), o Corpo de Bombeiros, o Ibama, a Defesa Civil, a Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto de Perícias Criminais. Essa atuação integrada permite respostas mais rápidas e eficientes. Além disso, o programa incentiva a elaboração de planos de prevenção personalizados para cada propriedade, estimulando a corresponsabilidade pela proteção ambiental. Inteligência e tecnologia a favor da conservação O Pantanal em Alerta representa a preservação do patrimônio natural sul-mato-grossense. Apostando na união entre tecnologia, inteligência e cooperação, o programa vai além do combate aos incêndios: busca transformar a forma como o território pantaneiro é gerido. Uma das principais ferramentas utilizadas é o Sistema Pantanal em Alerta, que opera com dados quase em tempo real sobre focos de calor, fornecidos pelo sistema FIRMS (Fire Information for Resource Management System), da Nasa. Assim que um novo foco é detectado, alertas automáticos são enviados por e-mail e SMS a proprietários rurais e brigadistas cadastrados, permitindo uma reação mais rápida e coordenada. O MPMS destaca que, em 2025, o foco no trabalho preventivo com os proprietários deve ser ainda mais intenso já no primeiro semestre. A instituição também lembra que qualquer cidadão pode contribuir na defesa do meio ambiente, denunciando irregularidades por meio da Ouvidoria no site do MPMS ou em parceria com outros órgãos. Todas as denúncias são analisadas e podem resultar em investigações e ações judiciais. Fonte: Alô Mídia/Campo Grande Texto: Angela Schafer com informações do MPMS Fotos: Decom MPMS
Agora é lei: Arara-azul se torna a ave símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul

Hoje, é possível que exista mais indivíduos em cativeiro que em vida livre
Imasul orienta sobre abertura de aceiros e procedimentos para atividades isentas de licenciamento

O Imasul alerta que o descumprimento das normas estabelecidas pode acarretar sanções previstas na legislação ambiental
Ministério destina R$150 milhões para combater incêndios no Pantanal e Cerrado

A pesquisa revela que 72% do Pantanal queimou ao menos duas vezes nesse período
Imasul define áreas prioritárias para queima prescrita e fortalece prevenção a incêndios com base técnica

A medida representa um avanço estratégico na prevenção a incêndios florestais
Do resgate à renovação da vida: onça Miranda reaparece no Pantanal com filhote após reabilitação

O reencontro com Miranda aconteceu em 21 de junho de 2025