O excesso de chuvas em várias regiões produtoras do Brasil tem provocado atrasos significativos na colheita da soja, elevando a preocupação dos agricultores e impactando o calendário agrícola.
Segundo relatos de produtores e cooperativas, o acúmulo de chuvas está dificultando o acesso às lavouras e aumentando o risco de perdas na qualidade dos grãos. Há ainda o temor de que o atraso prejudique o início da segunda safra (safrinha), especialmente nas áreas destinadas ao milho.
Entre os estados mais afetados estão Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Paraná e Maranhão, que concentram boa parte da produção nacional.
Em algumas localidades, a colheita está até 15 dias atrasada, o que gera preocupação com prazos logísticos e compromissos de exportação.
Além do impacto direto na produtividade, o clima instável pode favorecer a proliferação de fungos e pragas, que reduzem o valor comercial do grão e elevam os custos com defensivos.
Com o solo encharcado, muitos produtores relatam dificuldades para operar as máquinas colheitadeiras, o que obriga pausas frequentes e reduz a eficiência no campo.
O produtor rural brasileiro mais uma vez mostra sua resiliência, mas o cenário exige respostas rápidas e apoio real das autoridades. A falta de previsibilidade climática, somada à escassez de crédito e apoio técnico, torna a rotina no campo cada vez mais arriscada.