O peso no bolso do consumidor brasileiro segue aumentando. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais pesquisadas no último mês.
O relatório mostra que alimentos básicos voltaram a subir, pressionados por fatores como a alta no preço dos combustíveis, impactos climáticos nas safras e encarecimento do transporte. A combinação destes elementos tem efeito direto no valor final dos produtos.
Em São Paulo, a cidade com a cesta mais cara do país, o custo chegou a R$ 826,85, seguida por Porto Alegre (R$ 814,82) e Florianópolis (R$ 809,35).
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário em março de 2025 deveria ser de R$ 6.908,84 para cobrir os custos com alimentação, moradia, saúde, educação e transporte — quase 5 vezes o valor atual.
E o que faz o governo?
Enquanto o preço da comida sobe e o poder de compra do brasileiro despenca, o governo segue sem soluções efetivas para conter a inflação dos alimentos, e insiste em narrativas que não aliviam a realidade das famílias nas gôndolas dos supermercados.