Home / Agricultura / Irrigação e armazenagem precisam de R$ 25 bilhões anuais no Plano Safra, alerta Abimaq

Irrigação e armazenagem precisam de R$ 25 bilhões anuais no Plano Safra, alerta Abimaq

Durante seminário realizado nesta quarta-feira (28), em Brasília, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) destacou a necessidade de R$ 25 bilhões por ano do Plano Safra para investimentos em irrigação e armazenagem. O evento discutiu os rumos do novo plano governamental de incentivo ao agronegócio e reuniu representantes do setor produtivo e autoridades.

De acordo com o presidente da Abimaq, José Velloso, a ampliação da área irrigada no Brasil é uma oportunidade concreta para multiplicar a produtividade agrícola sem expandir as fronteiras do plantio. “Com tecnologia, conseguimos triplicar a produção apenas com irrigação. Hoje temos cerca de 9 milhões de hectares irrigados, mas precisamos dobrar isso para 20 milhões de hectares em até 10 anos”, afirmou. Para atingir essa meta, o setor estima que serão necessários R$ 10 bilhões por ano apenas nessa frente.

Outro ponto crítico apontado por Velloso é a baixa capacidade de armazenagem do Brasil, que prejudica o escoamento e a comercialização estratégica dos grãos. “Em 2024, o governo chegou a reduzir as alíquotas de importação de grãos para conter a inflação. Mas isso não resolve o problema sem capacidade de armazenagem adequada. O país não tem estrutura para estocar grãos no momento ideal, seja para importação ou exportação”, alertou.

Para o dirigente, os investimentos em infraestrutura de armazenagem devem receber pelo menos R$ 15 bilhões por ano, ajudando o produtor a vender no momento mais adequado e contribuindo para estabilidade de preços e redução da inflação dos alimentos.

A Abimaq defende que o Plano Safra 2025/26 incorpore políticas públicas mais robustas para apoiar essas duas áreas estratégicas. “O retorno em produtividade, segurança alimentar e controle inflacionário é garantido. É hora de modernizar nossa agricultura com visão de longo prazo”, concluiu Velloso.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *