Pela primeira vez, Mato Grosso do Sul passa a contar com um protocolo técnico oficial que regula o acesso a atendimentos especializados por meio da Telessaúde. Publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o documento estabelece diretrizes clínicas, operacionais e éticas para a solicitação de serviços como teleconsultas, teleinterconsultas e teleconsultorias. O público-alvo são os profissionais da Atenção Primária que utilizam as ferramentas digitais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Instituído pela Resolução SES/MS nº 389, de 11 de junho de 2025, o novo Protocolo de Acesso aos Teleatendimentos foi desenvolvido pelo Núcleo de Telessaúde da Superintendência de Saúde Digital. Ele detalha, especialidade por especialidade, os critérios obrigatórios para solicitar atendimentos remotos — desde exames prévios e preenchimento de formulários padronizados até os requisitos de elegibilidade clínica.
Para a superintendente de Saúde Digital, Márcia Tomasi, o protocolo representa um avanço tanto na gestão quanto no cuidado em saúde. “Ele oferece orientações claras e embasadas aos profissionais de saúde sobre como acessar os serviços do núcleo e dos projetos parceiros, sempre com responsabilidade técnica”, afirma.
Entre as especialidades já contempladas estão dermatologia, neurologia (adulto e pediátrica), psiquiatria, pediatria, reumatologia, endocrinologia, geriatria, hematologia, nefrologia, nutrição, obstetrícia de alto risco, estomatologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pneumologia e psicologia. Protocolos específicos para áreas como cardiologia e infectologia estão em fase final de elaboração e serão incorporados nas próximas atualizações.
Além de organizar a oferta de atendimentos, o protocolo atua como instrumento de telerregulação, promovendo mais equidade nos agendamentos e permitindo identificar casos não elegíveis para atendimento remoto. Nesse contexto, os municípios recebem orientação sobre qual o melhor modelo assistencial para cada paciente.
Márcia Tomasi ressalta que o protocolo será um documento vivo, com atualizações permanentes. “As revisões não se limitam a ajustes técnicos. Elas permitem a inclusão de novas especialidades e a constante qualificação da assistência oferecida à população. Cada novo serviço remoto só será ofertado após a definição criteriosa de suas diretrizes, sempre em consonância com as demandas da Atenção Primária e as diretrizes do SUS Digital”, conclui.
O protocolo completo já está disponível no site oficial da SES e pode ser consultado clicando aqui.
Fonte: Redação Alô Mídia/Campo Grande
Texto: Angela Schafer com informações da SES
Foto: Divulgação internet