No dia mundial do café, o Brasil celebrou tradição, mas ainda sente o peso do preço na xícara

Mesmo sendo o maior produtor e exportador de café do mundo, o brasileiro está pagando mais caro para consumir aquilo que produz.
Foto: Café

No dia 14 de abril foi celebrado o Dia Mundial do Café e o Brasil celebra essa tradição, afinal, somos o maior produtor e exportador de café do mundo, além de um dos povos que mais consomem a bebida.

No entanto, em 2025, a data chegou marcada por um cenário de alta nos preços que já afeta tanto o consumidor quanto os produtores.

Nos últimos meses, o café tem sofrido reajustes significativos. Em algumas regiões, o preço da embalagem tradicional subiu mais de 30%. O motivo? Uma combinação de fatores:

  • Clima instável, que impactou lavouras em Minas Gerais e Espírito Santo;
  • Alta do dólar, que pressiona custos de produção e exportação;
  • Maior demanda internacional, especialmente da China e Europa, que aquecem o mercado externo.

Resultado: a valorização do produto beneficia exportações, mas pesa no bolso do consumidor brasileiro.

Minas Gerais segue sendo o coração do café brasileiro, com milhares de famílias vivendo da cultura cafeeira. O café é mais que um produto — é parte da identidade nacional.

O desafio, segundo produtores, é equilibrar bons preços no mercado internacional com o acesso justo da população brasileira ao próprio café que produz.

Especialistas afirmam que o momento é bom para o Brasil ampliar sua presença global, mas alertam para a necessidade de políticas públicas que garantam apoio ao pequeno produtor e acesso justo à população.