26/09/2025 23:38

O Melhor Futuro Está no Passado

Um dos alicerces do sistema educacional do Ocidente foi formado a partir das ideias de um sujeito

A maioria das pessoas briga por ideias cuja origem desconhece e cuja veracidade nunca teve interesse, ou possibilidade, de verificar. 

A teoria econômica mais popular do planeta – o marxismo – foi criada por um sujeito que manteve a família na miséria e dependeu durante toda a vida da mesada de um amigo rico. Ele viveu uma existência tão abominável que duas de suas filhas cometeram suicídio depois de adultas.

Um dos alicerces do sistema educacional do Ocidente foi formado a partir das ideias de um sujeito – Rousseau – que teve cinco filhos e abandonou todos eles, ainda recém-nascidos, nas portas de abrigos públicos, o que na época equivalia a uma sentença de morte. Esse mesmo indivíduo foi um dos inspiradores da matança conhecida como “revolução francesa”, que pretendeu levar o iluminismo para a política usando a guilhotina como instrumento de persuasão.

 “Reforma agrária” (a expropriação e redistribuição de terras com o objetivo de criar um modelo utópico de agricultura) é uma ideia que tem origem em tiranos, Stálin e Mao, que mataram de fome, no total, quase cinquenta milhões de pessoas. 

O primeiro pensamento de quem aprende um pouco de história é: não é possível que as pessoas que abraçam essas ideias desconheçam o mal que elas já produziram. Mas é possível, claro. A cada geração a humanidade recomeça do zero. Dependemos, para nossa sobrevivência e progresso, da preservação e transmissão fiel da herança cultural e moral acumulada há milênios. Mas “cultura” virou quase uma palavra proibida. A própria ideia de que existem formas de pensar e agir que são melhores e mais nobres é atacada diariamente – e, em alguns casos, até considerada ofensa criminal. 

Slogans e frases de efeito que se infiltram no senso comum não passam de produtos de laboratórios acadêmicos ou departamentos de marketing de grandes corporações. Ideias radicais e corrosivas são adotadas e distribuídas por um aparato de mídia sempre em busca de material novo. Fazer reflexões genuínas sobre as chamadas grandes questões do nosso tempo – como a tensão entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental – é um trabalho complexo, que exige preparo, pesquisa e capacidade de raciocínio. É muito mais fácil e econômico reproduzir a agenda lacradora do momento.

A cultura foi substituída por seu oposto – a contracultura – e a busca pela verdade foi trocada por ressentimento, medo e inveja, sentimentos que servem de base a narrativas que se sobrepõem aos fatos. 

Uma pesquisa com 100 artistas de cinema e televisão certamente revelará que 99 deles defendem a necessidade de justiça social. Mas se você perguntar o significado desse termo é provável que receba 99 respostas diferentes.  Justiça social não passa de um jargão do marxismo de botequim, usado como desculpa para minar o direito à propriedade privada e justificar o ativismo judicial. 

O melhor futuro para a humanidade está no passado, nas melhores ideias de Roma, da Grécia e de Jerusalém: direito romano, filosofia grega e moral judaico-cristã. Milhares de anos se passaram e a humanidade ainda não descobriu um substituto para esses fundamentos. Esses são os alicerces de qualquer sociedade que aspire à justiça, liberdade e estabilidade. Ignorar essas raízes em nome de utopias de laboratório é renunciar a um legado testado pelo tempo e trocar sabedoria por experimentos perigosos. O progresso verdadeiro se constrói sobre fundamentos sólidos e não sobre ruínas ideológicas. 

Rejeitar a cultura, a tradição e o aprendizado acumulado é condenar cada nova geração a repetir os erros da anterior. Não há futuro viável sem a memória fiel do que nos trouxe até aqui.