A Ponte Bioceânica, que ligará Carmelo Peralta, no Paraguai, a Porto Murtinho, no Brasil, já alcançou 79% de execução até o mês de junho. A informação foi confirmada por técnicos do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), que acompanham de perto cada etapa da obra.
Financiado integralmente pela ITAIPU Binacional (Margem Direita) e gerenciado pelo Departamento de Estado, o projeto não representa apenas estrutura física, mas um elo entre nações, culturas e oportunidades, com potencial para transformar a logística e o desenvolvimento econômico da região.
Com 1.294 metros de extensão, a ponte está sendo construída sobre o Rio Paraguai e é composta por três grandes segmentos: os acessos rodoviários, dois viadutos em cada margem do rio e o trecho estaiado — uma engenharia imponente de 632 metros, com vão central de 350 metros, que será o coração da travessia.
De acordo com o engenheiro Martín Darío Martínez, supervisor do MOPC, as obras nos viadutos e acessos já estão praticamente finalizadas. “Faltam as grades antissuicídio e anticolisão; depois, o pavimento asfáltico, a iluminação, a sinalização, entre outros”, detalhou.
Enquanto isso, os esforços se concentram agora no trecho estaiado, considerado a parte mais desafiadora da construção. “A construção da ponte em si está focada no trecho estaiado. O Pilar 14 (do lado brasileiro) já está na cota 204, que é a cota final, a 125 metros da cabeça da ponte, e no lado paraguaio (P13) está na fase final de elevação”, explicou Martínez.
Do lado paraguaio, o aterro de acesso já recebeu sua camada definitiva, e as obras rodoviárias seguem em ritmo acelerado, respeitando as especificações técnicas estabelecidas pelo projeto.
Além da infraestrutura viária, a ponte contará com um canal de navegação de 195 metros de largura por 29 metros de altura, reforçando seu papel estratégico no escoamento da produção e no transporte fluvial.
Outro ponto fundamental é o Plano de Gestão Ambiental (PGA), que segue em execução para garantir que o projeto avance de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e as comunidades do entorno.
A ITAIPU reafirma seu compromisso com a integração regional e o desenvolvimento sustentável. Ao viabilizar essa obra com recursos próprios, a binacional contribui não apenas para a conexão física entre países, mas também para a geração de emprego, renda e oportunidades que ultrapassam fronteiras.
A construção da ponte está sob responsabilidade do Consórcio PYBRA e supervisionada pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações.
Fonte: Redação Alô Mídia/Campo Grande
Texto: Angela Schafer
Fotos: Itaipu Binacional
