Soja oscila em Chicago com clima favorável nos EUA e expectativa por novos dados

Grão registra leve alta, mas óleo e farelo recuam; mercado opera de olho nos relatórios de estoques e área plantada

A sexta-feira (27) foi marcada por instabilidade no mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). O complexo operou em ritmo volátil durante a sessão eletrônica, com preços mais altos para o grão, enquanto o farelo e o óleo registraram leves quedas.

A leve recuperação do grão, que vinha acumulando perdas ao longo da semana, reflete um movimento técnico de correção. No entanto, o impulso comprador é limitado por dois fatores principais: a ampla oferta global e as condições climáticas favoráveis às lavouras nos Estados Unidos, que seguem com bom desenvolvimento até o momento.

Segundo analistas, a proximidade da divulgação de dois relatórios importantes pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), prevista para a próxima segunda-feira (30), também mantém os investidores cautelosos. Os dados referem-se à área plantada e aos estoques trimestrais da oleaginosa.

A expectativa é de que os estoques norte-americanos de soja em 1º de junho fiquem próximos a 971 milhões de bushels — levemente acima dos 970 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Para efeito de comparação, no relatório anterior, de 1º de março, o volume era de 1,910 bilhão de bushels, demonstrando forte consumo interno e exportações aquecidas.

No pregão de hoje, os contratos com vencimento em agosto de 2025 subiam 0,75 centavo, cotados a US$ 10,28 ½ por bushel. Já a posição novembro de 2025 apresentava alta de 2,5 centavos, negociada a US$ 10,19 por bushel.

Por outro lado, o farelo e o óleo de soja operavam em baixa. O contrato de farelo com vencimento em dezembro de 2025 recuava US$ 0,60, cotado a US$ 286,50 por tonelada. No óleo, a mesma posição registrava queda de 0,24 centavo, valendo 52,61 centavos de dólar por libra-peso.

O mercado segue atento não apenas aos dados que serão divulgados pelo USDA, mas também ao comportamento do clima nas próximas semanas. A manutenção do padrão climático positivo pode exercer pressão adicional sobre os preços da soja, principalmente se confirmar expectativas de safra robusta nos Estados Unidos.