O comércio varejista brasileiro continua em trajetória ascendente. Em março de 2025, o setor registrou uma alta de 0,8% no volume de vendas, alcançando o maior patamar já observado desde o início da série histórica do IBGE, em janeiro de 2000. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15) pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e apontam para um cenário de recuperação contínua do consumo no país.
Esse foi o terceiro mês consecutivo de crescimento no varejo, somando um avanço de 0,6% no acumulado do primeiro trimestre de 2025. Em comparação, o trimestre encerrado em fevereiro havia registrado alta de 0,3%, demonstrando uma aceleração do ritmo das vendas.
A combinação de juros em queda, leve recuperação do poder de compra e menor inflação de alimentos tem impulsionado o setor, que também vem sendo beneficiado por datas sazonais e maior oferta de crédito ao consumidor. O desempenho positivo é visto como um indicativo de confiança do consumidor, especialmente nas categorias de bens duráveis e semiduráveis.
Segundo economistas, o dado de março reforça as expectativas de um ano mais robusto para o varejo. “Mesmo com o orçamento ainda pressionado, o consumidor tem voltado a comprar. É uma sinalização clara de que há uma retomada gradual da atividade econômica”, afirma o analista de mercado Henrique Lira.
Apesar do avanço geral, o IBGE ainda não detalhou os setores que mais contribuíram para o crescimento em março. No entanto, o desempenho acumulado e o novo pico histórico colocam o varejo como um dos pilares da recuperação econômica em 2025.
Agora, o foco dos analistas está voltado para os resultados de abril e maio, que poderão confirmar se essa tendência positiva se mantém e se haverá impacto significativo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre.
