Home / Geral / O Camarada Jurista

O Camarada Jurista

O cidadão comum não consegue entender o que acontece no Brasil: ao mesmo tempo em que vivemos mais uma onda de crimes violentos o Governo Federal anuncia o lançamento do projeto Pena Justa, que prevê melhoria das condições dos presídios, suavização do cumprimento de penas e reserva de vagas de empregos para criminosos.

De onde vem essa desconexão com a realidade? Até quando o Brasil será recordista mundial de criminalidade? Para responder a essas perguntas precisamos saber três coisas: quais são as ideias que movem essa máquina do mal, quem são os responsáveis pela disseminação dessas ideias e que processos que eles utilizam para convencer um país de vítimas de que o criminoso é um pobre coitado.

As ideias que levam o Estado a ter mais consideração por criminosos do que por cidadãos de bem têm raízes marxistas, ainda que muitos daqueles que abraçam essas ideias não tenham consciência disso. O marxismo é a inspiração para uma série de acadêmicos, pensadores e juristas que, cada um a seu modo, criam variações da mesma doutrina. Um observador desatento poderia imaginar que são diferentes abordagens para o problema da criminalidade. Na verdade, essas doutrinas colaboram para chegar ao mesmo resultado. No imaginário marxista o resultado é um mundo onde não existem mais polícia ou cadeias e onde acabaram os assaltos e assassinatos não porque os criminosos têm medo da lei, mas porque finalmente foi feita a justiça social e todos possuem exatamente as mesmas coisas. Mas a realidade do marxismo aplicado à segurança pública é o que vemos no Brasil: um sistema de justiça criminal falido, colocado a serviço dos criminosos e usado como instrumento de repressão política.

Gramsci foi o intelectual que redirecionou o marxismo da revolução armada para a infiltração cultural. Os filósofos marxistas da escola de Frankfurt injetaram nas universidades americanas – e, a partir dali, na maioria das universidades do Ocidente – a ideia de desconstrução dos pilares na civilização ocidental, estratégia que incluía dar atenção especial aos indivíduos à margem da sociedade, principalmente criminosos. Vem daí a ideia do bandido herói, do narcotraficante como um guerreiro que luta pela libertação da opressão capitalista. A moça bonita da ONG que diz que “prender não adianta” pode até não saber, mas é herdeira dessa perversão, que ela dissemina por ignorância ou por interesse.

Não é exagero dizer que as ideias marxistas atingiram hegemonia no ensino do Direito em países como o Brasil, onde o aluno do primeiro semestre recebe o livro Vigiar e Punir de Michel Foucault antes mesmo de receber noções básicas da matéria. Um dos autores intelectuais do massacre da população brasileira por criminosos é Luigi Ferrajoli, jurista Italiano divulgador da doutrina do garantismo penal, a ideia de que o mais importante em um processo é garantir os direitos dos réus. É uma preocupaçãoque, como foi demonstrado nos processos do 8 de janeiro, não se aplica a criminosos considerados “de direita”. 

Com as escolas de Direito dominadas e os tribunais controlados, a imposição da visão marxista sobre a justiça passa acontecer de forma automática e independente das leis. O Brasil tem mais escolas de Direito do que todos os outros países do planeta somados. Boa parte dos bacharéis recém-formados tem como objetivo passar em um concurso público. Esses bacharéis se tornarão defensores públicos, promotores de justiça, magistrados, ministros e legisladores, levando com eles todo o marxismo que aprenderam na sala de aula. 

Muitos países ocidentais têm hoje magistrados abertamente marxistas, inclusive em cortes superiores. O marxista observa o mundo através de lentes que enxergam, em qualquer situação, um oprimido e um opressor. Na justiça criminal marxista a polícia é aopressora e o criminoso é o oprimido. Não procurem em outro lugar a origem de ideias como progressão de regime, saidinha, remissão de pena por leitura, visitas íntimas ou a fantasia ideológica da “ressocialização”.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *